Ansiedade - Parte II (Por Baixo de Toda Essa Produção)
Não, não, não!! Você está ri-dí-cu-la!
Essa era eu, falando comigo mesma. Falando comigo mesma e com todas as centenas de peças de roupa que estão nesse momento atiradas pelo meu quarto. Eu já pus o meu armário para o chão e não consigo escolher nenhum pedaço cretino de tecido que não me deixe ou com ar de "coma-me agora!" ou com ar de "eu só vim pra tomar chá, mesmo". E, definitivamente, a impressão que eu quero passar não é nenhuma dessas.
O mais idiota disso tudo é que eu (assim como qualquer mulher) sei que os homens nem reparam em como a gente está vestida e no que isso representa para nós, mulheres, mas mesmo assim não conseguimos deixar de nos importar com isso. Vai ver é porque a gente sempre acha que esse vai se importar, que esse é diferente, que esse é O cara. Mas nunca é, a gente sabe. Ou não.
Nossa, ele vai se apaixonar por essa blusa!, digo, olhando no espelho e vendo alguém bem confusa. Mas o que eu estou dizendo?? Eu quero que ele se apaixone por mim, não por um pedaço de pano! Um pedaço de pano que eu paguei uma nota, é bem verdade, mas ainda assim eu valho mais. E é de mim que ele tem que gostar. Deixa eu tentar outra coisa.
Ponho um vestido preto daqueles que deixam as costas de fora e vejo como fica com um batom vermelho. Nossa, se me vir assim ele vai pensar que eu quero passar a noite dando pra ele!, penso. E penso também em como eu gostaria que as coisas não fossem assim. Que ele pudesse ver que por baixo disso tudo tem uma mulher, uma mocinha, uma menina, uma carente. Alguém que precisa, antes de tudo, de carinho, atenção, compreensão, diálogo... Claro que se ele me achar gostosa eu vou é adorar, afinal é pra isso mesmo que eu pago academia e acordo todo sábado às oito da manhã pra fazer caminhada, não é mesmo? Mas o que vem antes é o coração. Não, nada a ver com doença cardíaca, nem nada. Eu só quero dizer que, por mais que digam por aí que as informações sobre como a gente é estão naqueles trecos chamados genes, eu ainda acho que o que a gente é está no coração. Quem a gente ama, como a gente ama, o jeito que a gente se entrega, os joguinhos que a gente faz para chamar atenção, causar ciúmes, causar impacto, causar desejo... Isso tudo eu duvido que aquele pessoalzinho que vive com os óculos metidos nos microscópios descubram olhando pros meus genes. Se eles forem testar mil mulheres, pedindo pros namorados delas dizerem exatamente a mesma coisa para cada uma delas, cada uma delas vai ter uma reação completamente diferente das outras! Umas choram, outras levam na brincadeira, umas chamam o cara de coisas que eu não teria coragem de escrever e outras agarram o cara, chamam ele de gostoso e se trancam no quarto. Isso é tão imprevisível quanto... Putz! EU ESTOU ATRASADA! Fico aqui falando dos genes e dos corações e das mil mulheres sendo testadas e depois ainda perco o horário! Garota, você merece que ele não te queira! Põe esse vestido prata e vai de uma vez!
É... eu adoro ficar gritando comigo mesma, quando eu dou mancadas como essa.
Pego o carro, giro a chave e em poucos minutos já estou na frente da casa dele, tocando a campainha e pensando: "Seja o que tiver que ser."
(Continua... ou não.)
Essa era eu, falando comigo mesma. Falando comigo mesma e com todas as centenas de peças de roupa que estão nesse momento atiradas pelo meu quarto. Eu já pus o meu armário para o chão e não consigo escolher nenhum pedaço cretino de tecido que não me deixe ou com ar de "coma-me agora!" ou com ar de "eu só vim pra tomar chá, mesmo". E, definitivamente, a impressão que eu quero passar não é nenhuma dessas.
O mais idiota disso tudo é que eu (assim como qualquer mulher) sei que os homens nem reparam em como a gente está vestida e no que isso representa para nós, mulheres, mas mesmo assim não conseguimos deixar de nos importar com isso. Vai ver é porque a gente sempre acha que esse vai se importar, que esse é diferente, que esse é O cara. Mas nunca é, a gente sabe. Ou não.
Nossa, ele vai se apaixonar por essa blusa!, digo, olhando no espelho e vendo alguém bem confusa. Mas o que eu estou dizendo?? Eu quero que ele se apaixone por mim, não por um pedaço de pano! Um pedaço de pano que eu paguei uma nota, é bem verdade, mas ainda assim eu valho mais. E é de mim que ele tem que gostar. Deixa eu tentar outra coisa.
Ponho um vestido preto daqueles que deixam as costas de fora e vejo como fica com um batom vermelho. Nossa, se me vir assim ele vai pensar que eu quero passar a noite dando pra ele!, penso. E penso também em como eu gostaria que as coisas não fossem assim. Que ele pudesse ver que por baixo disso tudo tem uma mulher, uma mocinha, uma menina, uma carente. Alguém que precisa, antes de tudo, de carinho, atenção, compreensão, diálogo... Claro que se ele me achar gostosa eu vou é adorar, afinal é pra isso mesmo que eu pago academia e acordo todo sábado às oito da manhã pra fazer caminhada, não é mesmo? Mas o que vem antes é o coração. Não, nada a ver com doença cardíaca, nem nada. Eu só quero dizer que, por mais que digam por aí que as informações sobre como a gente é estão naqueles trecos chamados genes, eu ainda acho que o que a gente é está no coração. Quem a gente ama, como a gente ama, o jeito que a gente se entrega, os joguinhos que a gente faz para chamar atenção, causar ciúmes, causar impacto, causar desejo... Isso tudo eu duvido que aquele pessoalzinho que vive com os óculos metidos nos microscópios descubram olhando pros meus genes. Se eles forem testar mil mulheres, pedindo pros namorados delas dizerem exatamente a mesma coisa para cada uma delas, cada uma delas vai ter uma reação completamente diferente das outras! Umas choram, outras levam na brincadeira, umas chamam o cara de coisas que eu não teria coragem de escrever e outras agarram o cara, chamam ele de gostoso e se trancam no quarto. Isso é tão imprevisível quanto... Putz! EU ESTOU ATRASADA! Fico aqui falando dos genes e dos corações e das mil mulheres sendo testadas e depois ainda perco o horário! Garota, você merece que ele não te queira! Põe esse vestido prata e vai de uma vez!
É... eu adoro ficar gritando comigo mesma, quando eu dou mancadas como essa.
Pego o carro, giro a chave e em poucos minutos já estou na frente da casa dele, tocando a campainha e pensando: "Seja o que tiver que ser."
Faltam poucas horas para eu ir
e eu ainda não sei o que vestir
pra ter certeza de te impressionar
Já pus o meu armário para o chão
sem encontrar qualquer solução
eu queria apenas te agradar
Olho o espelho e vejo alguém confusa
achando que uma blusa vai fazer ele se apaixonar
Faço o que for pra ganhar o seu amor!
Nanana, na, nanana, na, nanana, nanana...
Sei que mesmo que a cor do meu batom
venha a ser do mais perfeito tom
capaz de tirar sua respiração
Não quero que isso aconteça assim
quero que enxergue através de mim
por baixo de toda essa produção
Olho o espelho e vejo alguém confusa
achando que uma blusa vai fazer ele se apaixonar
Faço o que for pra ganhar o seu amor!
Nanana, na, nanana, na, nanana, nanana...
Seja o que for, bom, tudo bem
vem, sempre tem quem faça a alguém bem
mesmo sem (sem) saber bem (bem)
quem é quem ou de ninguém
tanto faz, mas quero mais (mais)
foi tão bom (bom) com você
se quiser mais (mais), tudo bem (bem)
tudo ok, sim (sim), eu também
Nanana, na, nanana, na, nanana, nanana... (Wonkavision - Nanana)
(Continua... ou não.)
Escrito por Fabio às
2:15 AM
