Escola do Rock - Parte I
Começando...
Essa história de rock é hereditário mesmo. Passa de pai pra filho. Nesse caso passou de irmão mais velho pra irmão mais novo. Mas a idéia é a mesma: ouvir rock.
Tu e o Dudu já foram contagiados, mas não pensem vocês que vocês já manjam tudo de rock, hein? Vocês ainda têm muuuito o que aprender sobre essa arte.
Ensinamento #1 - Não virem uns chatos.
Principalmente, vocês têm que aprender a não serem uns chatos. Não tô dizendo que vocês são, só dizendo pra vocês não virarem. Porque muita gente que ouve rock acaba virando um chato total, achando que só o que ele ouve que é legal e o resto é lixo puro. E não é bem assim.
Não saiam na rua chamando música sertaneja de merda, nem algum outro estilo musical. Na verdade, evitem chamar qualquer coisa (exceto Charlie Brown Jr.) de merda. A música sertaneja, por exemplo, faz parte da cultura do Brasil, assim como a música gaúcha e a alemã e muitas outras. Ela pode ser ruim aos nossos ouvidos, mas, como música em si, é completamente válida e devemos respeitar quem gosta.
Essa regra só tem duas exceções: o funk carioca e o pagode "vende-CD". O funk carioca deve ser separado do funk antigo americano, que é bom e veio muito antes de algum retardado inventar essas coisas que hoje em dia o Brasil conhece por funk. Já o pagode "vende-CD" (que é aquele no qual os integrantes não tocam nada além de pandeiro e cavaquinho e ficam lá só se mexendo todos juntinhos e sorrindo, enquanto o menos horrível deles canta alguma música que SEMPRE é sobre dor de cotovelo) deve ser separado do samba e do pagode de raiz. A diferença básica é que o samba e o pagode de raiz são bem divertidos, falando sobre um monte de coisas além de dor de corno. Um exemplo: "Só Pra Contrariar" é pagode vende-CD. Ruim. "Zeca Pagodinho" é pagode de raiz. Bom. "Noel Rosa" é samba. Bom.
Os outros ensinamentos eu coloco no próximo post, que esse já ficou muito grande.