A Nível de Myself

domingo, julho 9

Adeus, Blogger!

Depois de muito pesar, considerar e decidir, finalmente dei o pé na bunda do Blogger. Não estava dando mais, não dá pra aguentar uma relação tão problemática.

Hahahah! Brincadeira! Quer dizer, a parte do "relação problemática". A parte do "dei o pé na bunda do Blogger" é verdade. A partir de agora, o novo endereço do A Nível de Myself é este: http://aniveldemyself.wordpress.com.

Novo design, novo endereço, novas funções... mas o mesmo blogueiro preguiçoso. Mas eu quero dar uma atenção maior pra esse blog. Querer eu quero, vamos ver se eu consigo.

A culpa tbm é de vocês, que não me cobram! :P

Enfim, já tá lá, com todos os posts antigos e mais um novo, de boas-vindas. Corre lá!

terça-feira, junho 20

Surpresa

Uau, essa é nova pra mim.

sexta-feira, junho 2

Rumo ao Futuro

Done, done
Onto the next one
Done, I'm done and I'm onto the next!

Prólogo

Assim termina a música "All My Life", do Foo Fighters (que, como você pode ver ali na coluna lateral, é uma das minhas favoritas dos últimos tempos), e assim pode ser descrito este momento da minha vida.

Digamos que a minha vinda a SP seja dividida em fases. A primeira delas foi a dos seis primeiros meses, que eu acabo de decidir que vou chamar de "Fase de Adaptação - Período 1". Tudo era novo, todo mundo era novo e, acima de tudo, eu era novo para todo mundo. Essa fase até que não foi tão difícil, já que eu mal sabia a opinião das pessoas a meu respeito.

A próxima fase foi composta dos seis meses seguintes, durando todo o resto do ano de 2005. Essa foi a mais difícil, disparado, por uma série de motivos. Esta "temporada" também foi de adaptação (por isso vou chamá-la de "Fase de Adaptação - Período 2"), porém as adaptações foram bem mais complicadas: eu já estava há mais de seis meses em SP e ainda não tinha arranjado emprego, e estava começando a perceber que tinha tido algumas atitudes não muito legais comigo mesmo e com todo mundo que estavam impedindo a minha vida de seguir em frente. Foi a fase de cair a ficha. Mas lá para o meio dessa fase, aconteceu uma virada na trama: eu comecei a frequentar uma casa espírita e -- isso é uma opinião bem pessoal da qual todos têm total direto de discordar -- a partir daí a coisa andou.

Arrumei emprego na Liga DG e isso marcou o fim dessa fase difícil. Comecei a trabalhar, e com isso também comecei a acordar cedo, correr mais atrás das coisas, ter o meu próprio dinheiro e aprender a usá-lo (se bem que ainda não aprendi direito, e a minha fatura do cartão de crédito está aí para comprovar). Essa fase também durou exatos seis meses... e terminou precisamente ontem.

Futuro: A Nova Fase
Ontem foi meu último dia de trabalho na Liga. Porque no início da semana eu recebi uma proposta (e na quarta-feira ela foi oficializada) para trabalhar na Futuro Comunicação. É impressionante como as coisas realmente não acontecem antes da hora certa... A primeira vez que eu bati na porta da Futuro ela ainda nem tinha esse nome: se chamava Conrad Editora. Foi em fevereiro de 2005, e eu me lembro muito bem. Fui lá, na cara e na coragem, do alto da minha inexperiência, e falei com o grande Pablo Miyazawa (na época, Editor da EGM Brasil). Conversei com ele, entreguei currículo, entreguei umas folhas impressas com textos meus e deixei clara a minha intenção de trabalhar lá. Só Deus sabe o quanto eu incomodei esse cara desde então. Ligava, aparecia lá, enchia o saco no MSN... sempre querendo saber quando ia chegar a minha vez de sentar num daqueles computadores e ganhar a vida jogando e escrevendo sobre games. A hora quase chegou algumas vezes, mas nunca chegava de verdade. Hoje eu entendo que não havia chegado porque não era hora, e agradeço por não terem chegado mesmo.

Há alguns meses eu comecei a escrever para a Nintendo World. Começou com uma colaboraçãozinha minúscula, mas logo eu já estava escrevendo matérias inteiras, textos não assinados e cobrindo as seções de outros colaboradores quando estes não podiam escrever naquele mês. Nesse meio tempo também eu abri o blog 16-BIT. Não sei até que ponto esse blog foi uma vitrine para mim, mas acho que alguém deve ter lido e achado legal, porque eu tive a súbita impressão de que, de uma hora para a outra, eu comecei a ser encarado menos como um leitor e mais como um jornalista (ou um projeto de um). Só sei que apareceu uma vaga lá Futuro e o Pablo prontamente me chamou.

Começo segunda e mal posso esperar. Desejem-me sorte nessa nova fase, nesse novo Futuro.

segunda-feira, maio 15

Outro Gênio

Em ano de eleição, vamos abrir nossos ouvidos para as palavras de um sábio homem que já morreu, mas que se não tivesse morrido estaria com certeza achando esse mundo uma bosta. Com vocês, dois parágrafos da página 186 do livro O Restaurante no Fim do Universo, de Douglas Noel Adams:

O principal problema -- um dos principais problemas, pois são muitos --, um dos principais problemas em governar pessoas, está em quem você escolhe para fazê-lo. Ou melhor, em quem consegue fazer com que as pessoas deixem que ele faça isso com elas.

Resumindo: é um fato bem conhecido que todos os que querem governar outras outras pessoas são, por isso, os menos indicados para isso. Resumindo o resumo: qualquer pessoa capaz de se tornar presidente não deveria, em hipótese alguma, ter permissão para exercer o cargo. Resumindo o resumo do resumo: as pessoas são um problema.

Gênio.

quinta-feira, maio 4

Gênio

Sabe quando a gente reconhece algum talento quase sobre-humano? Quando tudo que a pessoa vai fazer, ela faz de maneira genial. Mesmo aquela coisinha simples, que era só ir lá e fazer, acaba ficando mágica, com aquele toque de gênio.

E Akira Toriyama é gênio, minha gente. Não sou ninguém pra falar do cara, afinal, nunca fui muito fã da sua obra máxima, o mangá Dragon Ball, apesar de sempre ter admiração por ela. Nunca li nenhum outro mangá dele, apesar de morrer de vontade de ler Dr. Slump. O maior contato que eu tive com seus traços foi durante o game Chrono Trigger, de 1994, lançado para SNES, no qual ele foi o responsável pelo desenho dos personagens. Talvez por isso que nunca, em toda a minha vida, eu criei tanta simpatia por um grupo de personagens de videogame.

Mas isso já tinha até se esmaecido na minha memória quando eu peguei um livro que estava aqui na prateleira de casa: Mangaka: Lições de Akira Toriyama. Peguei o livro só porque eu não tinha absolutamente mais nada para ler. Claro, o que eu ia fazer com um livro pra ensinar a desenhar mangá? Atualmente eu não sei mais desenhar nem um Pikachu! (Um dia eu soube! :P) O único mangá que eu li foram algumas edições de One Piece, há uns 2 ou 3 anos atrás! Mas eu peguei. Vocês não sabem como é chato andar de trem tendo que prestar atenção nas pessoas.

Resultado: lendo um simples livro que ensina fundamentos básicos do desenho mangá em forma de pequenas historinhas em quadrinhos (obviamente em estilo mangá) contando simplificadamente a história de um aluno que está tendo aulas com um professor de mangá e sonha em ser um mangaka profissional, eu acabei considerando seriamente a possibilidade de fazer umas aulinhas de desenho japonês. E sabe o que é pior?
  1. Se fosse qualquer outro livro ensinando isso, duvido que eu teria sentido vontade.
  2. Os personagens não se levam a sério em momento algum.
  3. O professor é um gordinho baixinho que é tarado por revistas pornô e usa uma máscara de gás na cara o tempo todo. Ninguém sabe porquê e nem parece se interessar.
  4. O aluno é uma espécie de "joaninha" macho ou coisa assim. E só sabe desenhar um personagem.
Mesmo assim eu me apaixonei. É simples, mas é extremamente genial. Leiam.

Gênio.

domingo, abril 16

16-BIT

Eu sei que normalmente eu não preciso de motivo especial pra deixar essa birosca de blog sem nenhuma atualização por semanas, mas desta vez eu juro que tive. E o motivo atende pelo nome de http://16bit.wordpress.com.

Arranjem um espacinho nos seus favoritos (ou no seu del.icio.us, caso você seja o mais descolado da turma) para esta URL, porque é o meu novo blog. Lá eu vou estar expondo as minhas opiniões e pensamentos sobre a indústri, a arte e o vício do mundo dos videogames. Ou dois ou três parágrafos escritos na pressa sobre como a Sony fede (o que aconteceu duas vezes na última semana). E sabe o que é mais inacreditável? Eu estou postando todo santo dia no endereço! Até mesmo no feriado da última sexta-feira eu postei, vejam só vocês. Tô me dedicando. =)

E como vocês podem perceber por este mesmo post, o A Nível de Myself não vai ficar jogado às traças -- pelo menos não mais do que sempre esteve. É que eu simplesmente não queria ficar enchendo a paciência dos milhões de vocês que visitam este endereço religiosamente (embora sempre esqueçam de postar um comentário) com posts sobre essa coisa nerd, alienante e elitista que são os videogames.

(Videogame é coisa que deixa a gente retardado, sabia? Eu achava que não, mas esses dias eu ouvi uma senhora no trem dizer isso pra um jovem que lia a sua revista de games favorita. Não pude fazer nada a não ser acreditar na palavra da sábia mulher. Afinal, ela é uma pessoa super informada, que até sabe pra que serve e como usar a barra de rolagem das janelas do Windows. Como não acreditar em alguém assim tão inteligente?)

Mas voltando ao assunto, como eu escolhi o árduo caminho do jornalismo de games (na verdade uma simples desculpa pra um dia descolar uma viagem "a trabalho" pra Los Angeles), eu precisava de um lugar onde eu pudesse escrever sobre o assunto e treinar a minha capacidade opinativa. Um lugar para me fazer ouvir por você aí, que eu ainda não conheço, mas um dia vai me encontrar e me contratar.


Então, não perca tempo e... bem, feche este blog e vá lá checar os seus scraps. Afinal, a quem eu estou tentando enganar, achando que alguém aqui está interessado em um blog de games?

PS.: Eu mencionei que todos os posts de lá têm figuras?

sábado, abril 8

Navegue Feliz!

A Microsoft é uma grande empresa, disso não há dúvidas. Eu posso até não gostar da maioria dos seus produtos, mas é preciso dar o braço a torcer, pleo menos, para as suas técnicas de marketing. Incluir os seus softwares na maioria dos computadores foi uma idéia, no mínimo, genial. E, pensando bem, até que os produtos dela não são tão ruins assim...

O Windows, por exemplo. Ninguém gosta, todo mundo reclama, mas muito pouca gente consegue viver sem. Você pode até dar uma de alternativo e instalar o Linux, ou uma de fashion-ultra-moderninho e turbinar a sua mesa com uma máquina da Apple usando Mac OS X. Mas tudo vai por água abaixo quando você encontra aquele software que te quebraria o maior galho, só para então descobrir que ele só roda em abiente Windows.

E para os escritórios? É praticamente impensável viver sem o Microsoft Office e o seu maravilhoso assistente-clip. Tem gente que bate o pé e instala o StarOffice, o OpenOffice ou qualquer outra dessas suítes de "aplicativos para secretárias". Só até descobrir o pesadelo da imcompatibilidade. Ou das coisas se comportando de maneira diferente do que deveriam. Ou ambos ao mesmo tempo.

Ou seja, os programas da empresa do Tio Bill, de fato, contribuem para a produtividade da nossa vida, e muito. Mas um destes programas não conseguiria constar nessa lista, nem se eu fosse o braço-direito do poderoso Gates: o imprestável Microsoft Internet Explorer. O negócio é tão ruim, mas tão ruim, que qualquer outro browser consegue pelo menos um trunfo sobre ele. Qualquer um, até o mais desconhecido deles. Sim, tem um ou outro site (especialmente os terríveis sites de internet banking) que por algum motivo só funciona com ele. Mas, para todos os outros, navegar com um browser que não tem suporte a abas, não aceita instalação de plug-ins, não abre nova janela (aba, no caso) usando o scroll do mouse e nem adiciona favoritos simplesmente arrastando o ícone da página pra uma das pastas de favoritos não pode ser considerado nada menos do que burrice. E da braba.

Mas, curiosamente (como lhe é peculiar), a raça humana não consegue se dar conta do quão idiota é usar o navegador da Micro$oft. E para ajudar a estes pobres mortais mais, digamos, lerdos, é que o BrowseHappy (NavegueFeliz, em bom português) foi criado.

Browse Happy logo

É um site simples, didático, que vai direto ao ponto. Direto ao cerne da questão, ao X do problema. A mensagem que ele passa é muito clara e direta: NÃO SEJA UMA ANTA, TROQUE ESSE NAVEGADOR TOSCO!

O site apresenta relatos de pessoas normais, como você, que trocaram de navegador e tiveram a sua qualidade de vida aumentada, em média, em 270%. Donas-de-casa, estudantes e professoras que tiveram todos os seus problemas transformados em meras lembranças de um tempo em que ainda não conheciam as maravilhas de usar um navegador alternativo!

E antes que me chamem de "fanboy do Firefox", eu já adianto: o site não é pró-Firefox. Ele simplesmente é anti-IE. Ele encoraja as pessoas a o trocarem por qualquer outro browser disponível. E até dá algumas opções, dentre as quais figura, sim, o Firefox, mas junto de outras opções igualmente boas.

Então, se você está vendo este blog através de uma janela do precário e inútil Internet Explorer, faça um favor a si mesmo e visite uma última página antes de deixar este programa inútil no mais completo esquecimento: http://www.browsehappy.com. E navegue feliz.

quarta-feira, abril 5

Opinião

Tô pensando seriamente em fazer um blog exclusivamente sobre games. O que vocês acham?

Não é de hoje essa idéia. Eu nunca estive tão por dentro das coisas desse universo. E são coisas sobre as quais eu QUERO escrever. Eu acho que uma das coisas mais valiosas de um jornalista não é a sua redação, nem tampouco os seus contatos ou graduações. Claro que tudo isso é importante, mas o aspecto-jornalista que eu mais quero desenvolver em mim é a opinião. E só se pode dar uma opinião fundamentada e relevante sobre aquilo de que se entende, não é mesmo? Então, eis o motivo.

Repito a pergunta: o que vocês acham?

segunda-feira, abril 3

Trabalho = Reconhecimento

Eu ainda nem sou jornalista profissional, na verdade eu mal trabalho com isso -- faço apenas uns free-lances ocasionais --, mas já tive o prazer de experimentar o que eu acho que seja uma das coisas mais legais da profissão: o eco das minhas palavras.

Clique para ver maior.

Tudo começa com a matéria de minha autoria que saiu na edição atual da Nintendo World, sobre o famoso Nintendo ON (saiba mais na matéria), um vídeo falso que pode muito bem ser o mais famoso da história dos videogames. Ele mostrava o possível novo console da Nintendo, que viria a ser apresentado menos de uma semana mais tarde como o Nintendo Revolution que todos conhecemos.

A questão é que o tal vídeo ficou tão famoso no meio, e tinha sido tão maravilhosamente bem construído e editado, que muitas pessoas se recusaram a acreditar que seria falso. Bem, a coisa toda com certeza não era verdade, mas ALGUMA COISA tinha que ser, segundo eles. Então foi criado, informalmente, na internet, o N-Game, uma espécie de jogo que tinha por objetivo catar toda espécie de duplo sentido, rumor e afirmação vaga nos pronunciamentos oficiais feitos pela Nintendo e juntar tudo, transformando em pistas para algo em que todos queriam acreditar: que a Nintendo ainda tinha cartas na manga, e que uma delas poderia muito ter uma etiqueta escrito “ON”. E esse tal “N-Game” foi iniciado e primariamente discutido e aliemntado em um blog holandês chamado Moz La Punk.

Eu simplesmente citei o nome do blog porque o contexto da história pedia que eu assim o fizesse. E hoje, quando fui visitá-lo, como de costume, me deparei com a seguinte chamada na página inicial: “Moz La Punk in Brazilian Official Nintendo Magazine”. Cliquei no link dela e vi a minha matéria toda traduzida pro inglês, pra todo mundo ler.

Meu nome nem foi citado, mas mesmo assim foi a coisa mais legal que já me aconteceu desde que eu comecei a escrever. Fiquei super feliz de ver isso e espero que aconteça mais vezes! Afinal, quem não gosta de ter o seu trabalho reconhecido?

E como eu disse no comentário que deixei lá... I'm way too excited!

terça-feira, março 21

Eu fui à Europa

A gente sabe que a nossa vida deixou de ser um marasmo total quando acontece alguma coisa na sexta-feira e você só consegue sentar pra escrever sobre aquilo na terça. Mas atrasos à parte, o que aconteceu é que sexta-feira eu fui fazer uma visita à Editora Europa, o lugar onde são feitas revistas como a tradicionalíssima Revista do CD-ROM e algumas novatas como a GameMaster e a TV em Série.

Eu devo dizer que andei bastante e tive que pegar um ônibus irritantemente lotado pra chegar até lá, mas foram coisas que valeram a pena. Eu vi que tinha valido a pena assim que eu entrei na recepção. O clima lá é super profissional. O lugar te passa a sensação clara de que ali trabalham pessoas que sabem o que estão fazendo, entende? Assim que cheguei fui prontamente atendido com sorrisos, e ao perguntar a localização exata no tempo-espaço da redação da revista GameMaster, uma das recepcionistas prontamente levantou e me levou até lá (o que foi bom, já que o lugar é enorme).

Chegando na recepção, duas primeiras impressões: "CARALHO, QUE TELEVISÃO ANIMAL!!!" e "O pessoal aqui é simpático pra caramba."

A primeira foi causada basicamente pela mega-fuckin-awesomely-big-grande-enorme HDTV de 42" da Samsung que estava lá, em uma mesa, com um Xbox 360 do lado. É claro que eu não perdi a oportunidade de dar uma jogada nela, mas eu ainda vou chegar nessa parte.

A segunda é auto-explicativa. Quando eu cheguei na redação, fui cumprimentado por todos que passavam, e sempre com sorrisos e interesse. Eu realmente não me senti atrapalhando. Quase pareceu que eles etavam me esperando ansiosamente, foi ótimo.

Conversei bastante com três pessoas, em momentos diferentes. Nelson (Alves Jr., ou tô viajando?) é o cara que eu pensei que fosse o editor da GameMaster. Depois eu descobri que não. E depois disso eu descobri que tanto faz quem é o editor, já que todo mundo trabalha em equipe, logo essas distinções não se fazem tão necessárias. Mas o Nelsão é um cara muito legal, que conversou bastante comigo sobre como eles fazem a revista, sobre os rumos e as origens dela, sobre Viva Piñata, sobre um monte de coisas que não vou lembrar aqui mas lembro que foram boas de conversar. A mesa dele estava abarrotada de papéis, revistas e trecos diversos, enquanto que a parede ao lado dele estava a ponto de tombar, dada a quantidade de notas afixadas com alfinete na parede. É realmente um lugar no qual eu me sinto em casa. E ele também tem um dom supremo, difícil de se alcançar, de conversar com as pessoas enquanto faz outras coisas. Deve ser coisa de jornalista, isso! Enfim, nota-se que o cara manja do que faz. Valeu, Nelsão!

Eduardo Trivella, o popular "Trivas direção-ofensiva", eu já conhecia de outros carnavais. O cara é super divertido de se conversar, além de ter muito pra ensinar. Ele está no ramo há tanto tempo que praticamente dá pra se dizer que ele ajudou a "inventar" o mercado editorial de games no Brasil. Ele me mostrou também o remake do MegaMan X pro PSP, e é um dos melhores jogos de PSP que eu já joguei (na verdade, um dos poucos bons). Quando eu já tava indo embora, a gente teve uma chance de conversar bastante, e foi uma puta duma conversa boa e esclarecedora. O que eu tenho a dizer é um grande obrigado! É sempre bom estar por perto de gente como o Trivas.

Na hora de ir embora, quando eu tava implorando por informações acerca de como chegar ao metrô mais próximo, ouvi alguém perguntar "Tá indo pra onde?". Aí eu respondi que o meu objetivo era qualquer estação de metrô, e o cara disse: "Ah, então entra aí que eu te levo até Ana Rosa!" Dali a alguns minutos eu estava pegando carona tendo uma aula grátis do curso de História dos Games com Leandro Calçada. O cara me explicou desde o surgimento e quebra do mercado de games americano, na época que o Atari dominava, até as relações familiares da família Yamauchi, passando pela história antiga de Shigeru Miyamoto. Conversamos e especulamos sobre a próxima geração de consoles e o que ela pode ser e pode não ser, conversamos sobre a Nintendo, a Sony e a Microsoft e seus modelos de negócios. São caras como esse que tiram dos games todo aquele estigma de "assunto de criança", de que são só diversão. Games são um assunto tão interessante, complexo, importante e cheio de variáveis quanto qualquer outro, incluindo psicologia animal, geopolítica, física quântica e política tributária. Enfim, eu acho que nunca aprendi tanto em uma viagem de carro. É, provavelmente não.

Registro aqui um muito obrigado do fundo do coração a esses três caras (e à moça da recepção que me mostrou o caminho). Valeu!

Agora, ao que interessa: a TVzona! Putaquepariu, é outra coisa jogar num treco daqueles. Ainda mais jogar um jogo que foi FEITO tendo uma TV de alta definição em mente. Eu sei que está bastante fora do acesso à maioria dos brasileiros, mas se você um dia, por acaso, tiver a oportunidade de jogar Fight Night Round 3 (Xbox 360) em uma HDTV, não espere: faça isso! Os gráficos chegaram a um realismo tão foda que os caras simplesmente aboliram qualquer tipo de barra de energia pra mostrar como anda o estado do seu personagem. Pra quê esses detalhes, se você pode ver NA CARA do lutador o quanto ele apanhou? Depois de alguns socos você vai notar que o rosto do seu lutador está todo deformado, inchado e com cortes, exatamente como o de um lutador real estaria. É impressionante. Muito impressionante.

É mesmo.