A Nível de Myself

segunda-feira, junho 27

Pra Onde Vai o Meu Dinheiro

Esse fim de semana eu fui conhecer a Fnac da Avenida Paulista. Quando eu tiver uns quarenta ou cinquenta mil reais sobrando, não me deixem esquecer de passar lá. O lugar é enorme e tem absolutamente tudo em CDs, livros, quadrinhos, informática, eletrônicos e até games. Tudo mesmo! A única coisa que eu procurei e não achei foi o Pinkerton, o segundo CD e maior obra-prima do Weezer. Mas aí já seria pedir demais, mesmo.

Mas não é sobre isso que eu quero falar. O lance é que eu tô em regime de contenção de gastos total, mas mesmo assim é impossível conter o instinto consumista quando se está diante de uma prateleira de CDs com os novos do Coldplay, Millencolin, Foo Fighters e até do próprio Weezer, entre um monte de outros. Eu até que estava conseguindo me segurar legal e ainda não tinha catado nenhum pra levar, mas isso foi só até eu ver o novo do Pato Fu. Aí não me segurei mais. Peguei na mão pra levar e saí correndo, porque se ficasse ali mais alguns minutos a minha conta bancária ia sentir as consequências.

Mas também ainda não é sobre isso que eu quero falar. O tema desse post surgiu na fila do caixa, quando a Érika me fez uma pergunta que eu não tive resposta.
- Eu não entendo... Você pagou vinte reais no Pato Fu mas não quis pagar trinta e dois no novo do Foo Fighters, sendo que o Foo Fighters está no teu Top 5 de melhores bandas e o Pato Fu não. Por quê?

Eu poderia ter dito que era porque doze reais são doze reais, mas não disse. Até porque não foi esse o caso. O caso é que, por algum motivo, mesmo eu gostando mais de Foo Fighters do que de Pato Fu, eu me sinto mais à vontade em ouvir o CD novo do Foo Fighters no computador, em mp3 mesmo, do que eu ficaria em ouvir o Pato Fu.

O Foo Fighters tem zilhões de fãs ao redor do mundo todo. Sei lá, pode ser um pensamento idiota e infundamentado, mas eu prefiro encaminhar o meu dinheiro ao Pato Fu, que mesmo sendo uma banda de renome inclusive internacional (já foi eleita uma das melhores bandas do mundo pela revista americana Time), está aqui perto de mim, no Brasil. Eu prefiro que, quando rolar alguma notícia sobre como o CD novo do Pato Fu vendeu bem, eu tenha a sensação de saber que o CD que eu comprei foi um dos que contou para isso. E quando eu ver um show deles (coisa que ainda não tive oportunidade) eu saber que dinheiro que eu investi pode estar em algum lugar ali, no equipamento, nos instrumentos ou mesmo na roupa da Fernanda Takai.

Me sinto melhor assim.

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:: Resenha
Já que eu acabei de falar do CD novo deles, tá aqui a resenha que eu escrevi. Faixa-a-faixa esperto desses que foram os R$19,90 mais bem gastos desse mês.

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:: Rateei
A minha revisora oficial me alertou sobre um erro no post anterior: eu escrevi que o filme The Wonders - O Sonho Não Acabou é "oitentista". Na verdade ele não é. Na verdade, ele é de 1996, mas se passa na década de 60.

Puxa, quando os anos 80 terminaram eu só tinha 4 anos! Tô perdoado, né?

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Acho que era isso.

sexta-feira, junho 24

Disposição

Não sei o que me aconteceu hoje, só sei que eu acordei com uma energia fora do comum. Aliás, corrigindo. Hoje eu acordei com energia, coisa que anda me faltando ultimamente.

:: UpLoad
Só sei que tirei o dia pra fazer da internet um lugar "mais Fábio". Atualizei o /stratofabio, o /em_cartaz e agora essa birosca aqui, que já tava quase dando perda total em função da ferrugem e do mofo.

Além disso, coloquei uma resenha nova no ar, no Multiply. É só clicar aqui e ler o que eu achei do Acústico MTV Bandas Gaúchas. Eu não sou um jornalista profissional - ainda! -, mas acho que as resenhas que eu ando colocando lá estão bastante razoáveis. Se você não leu ainda e se interessar, leia também a que eu publiquei sobre o CD novo da minha banda conterrânea, a Fresno, clicando neste lugar.

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:: Valeu!
Eu queria manifestar publicamente os meus agradecimentos a duas pessoas que me fizeram dar dois grandes passos em termos de cultura cinematográfica. A primeira delas é Pablo Miyazawa, que olhou pra mim com cara de reprovação total quando eu disse que nunca tinha assistido a primeira trilogia de Star Wars. Fui lá e assisti e, bem, isso foi muito legal. Valeu, cara.
A segunda e (obviamente) mais especial pessoa é Érika, minha namorada linda, que me apresentou outra trilogia que eu não sei como diabos nunca tinha visto: De Volta Para o Futuro. Eu não sei dizer o quanto eu estou maravilhado com a maravilha maravilhosamente maravilhosa que é essa série. Três filmes brilhantemente amarradinhos um no outro, tanto que mal dá pra saber onde um termina e onde o outro começa! Sério, não sei como eu consegui viver até hoje sem ver esses filmes.

Fora que ela também me apresentou duas outras grandes obras do cinema oitentista: Curtindo a Vida Adoidado e The Wonders: O Sonho Não Acabou. Agora me diz, onde eu ia arranjar uma namorada tão legal assim?!

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:: GameGirl?
Por falar em namorada, eu mal posso acreditar, mas hoje obtive sinais de que a minha pode estar virando uma jogadora de videogame. Primeiro, ela citou o nome da revista japonesa Famitsu (a mais respeitada revista de videogame do mundo) em um email, com clara convicção de que sabia do que se tratava, depois manifestou forte interesse em começar a jogar Ragnarök Online. Sem contar que ontem à noite eu cheguei em casa e ela nem ouviu eu chamando no portão porque tava jogando Super Mario 64 DS! E ela gostou de WarioWare Inc quando eu mostrei pra ela no emulador!! E ela fala que quer comprar o Nintendogs quando sair!!! E ela fala isso com cara de quem realmente quer comprar!!!!

Pra qual santo eu agradeço?

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:: Meu PIS é inútil
E hoje o Andrew me contou que arranjou emprego. Parabéns pro garoto! Fico feliz de verdade. Ele tá procurando há mais tempo do que eu e merece tanto quanto qualquer um, ou mais. A auto-estima dele estava precisando desse empurrãozinho.
E eu continuo pacientemente esperando a minha vez.

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:: Roommate
Estou procurando repúblicas, pensionatos e casas de pessoas que queiram dividir despesas comigo. Se souber de alguém de confiança, me dê um toque. Ah, em Sâo Paulo, claro.

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:: A Vida, o Universo e Tudo Mais
Comprei o terceiro livro da série mais legal da literatura estrangeira de ficção-científica, O Guia do Mochileiro das Galáxias. Só li uns três ou quatro capítulos e já dei pelo menos duas gargalhada das boas. Isso é o que eu chamo de dinheiro bem gasto.

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:: Choque
A Wonkavision perdeu sua baixista. A linda e maravilhosa Grazi deixou os fãs totalmente desnorteados há umas duas semanas atrás (faz tempo que eu não atualizo o blog, mesmo!), quando anunciou que estava saindo da banda. Eu não sei de ninguém que sabe exatamente o porquê, e quem quer que saiba não está querendo contar pra ninguém. O fato é que a Wonka nunca mais será a mesma. E dizem por aí que agora eles vão permanecer no formato trio, sem contratar outra baixista oficial.

Meu Deus, iluminai os caminhos de William Prestes.

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:: Sua Vez
Pronto. Eu atualizei. Ela também. Agora só falta tu e tu.

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Fora isso, tudo certo!

(Mataram as saudades?)

terça-feira, junho 14

Parabéns

Hoje é dia de dar parabéns para ela, a menina que mais merece parabéns nesse mundo. É dia de dar os parabéns por ela não ter deixado os sonhos morrerem. Parabéns por continuar pulando enquanto pode andar, mesmo achando isso meio infantil. Parabéns por não ter deixado de ser a menina de 16 anos que eu não tive a oportunidade de conhecer. Parabéns por não comer carne, por não beber mais, por não fumar e por fazer do nosso amor o nosso único vício, a única coisa que a gente não pode viver sem. Parabéns pelo teu gosto musical e pela tua personalidade. Parabéns pelas tuas pernas que tu sabe que eu adoro. Parabéns por não segurar as lágrimas e não poupar sorrisos. Parabéns pela sobriedade com que toma as decisões mais difíceis. Parabéns pela maneira que tu tem de lidar com as coisas às quais eu lidaria mandando tudo à merda. Parabéns por ser tão responsável com o trabalho. E por pensar no futuro. E por me contar teu passado. E por deixar eu fazer parte do teu presente.

O teu presente hoje sou eu, porque eu não tenho nada mais valioso pra te dar. E por que eu sei que tu já vai ficar feliz só com essa mixaria, mesmo.

quarta-feira, junho 1

Relatos do Feriadão - Parte II

Gente, a coisa tá feia. Tô com a corda no pescoço pra ser enforcado e o tiozinho tá tirando o banquinho fora. Tô precisando de emprego urgente. Mas como não era disso que eu tava falando ontem... Esqueçam. De repente eu ainda arranjo algum antes mesmo de terminar esse diário de bordo da viagem pro sul, né? Haja esperança... =)

:: Quinta feira, dia 26 de maio de 2005

:: Meia-noite e um
O dia mudou do 25 pro 26 e a gente ainda não tinha dormido. A Érika dava umas cochiladas, mas eu tratava de acordá-la com um beijinho ou um carinho. Uma, que eu sou carinhoso mesmo, e outra, que eu não tenho sono antes das duas da manhã. Seja como for, a gente passou o tempo lendo, conversando e ouvindo música. Eu tava lendo aquele livro que eu comprei na livraria da rodoviária, conforme expliquei no post de ontem, "O Restaurante no Fim do Universo". Trata-se da sequência de um outro livro, chamado "O Guia do Mochileiro das Galáxias" (a Érika tava lendo esse), que são as partes 1 e 2 de uma "trilogia de cinco partes", como o próprio autor chama a série. E, como vocês bem devem saber, o filme d'O Guia estréia depois de amanhã, dia 03 de Junho, em todo o Brasil. Se você gosta de humor e de ficção científica, esse livro e esse filme são para você. Continuando com a viagem.

:: Dez da manhã
Depois de dormir o mais pesado possível para quem está num trepidante ônibus de viagem, lá pelas dez da manhã a gente acordou em definitivo. Depois disso, o resto da viagem seguiu tranquila. Paramos umas quantas vezes para comer, mas isso era a única coisa "diferente" que acontecia. Tudo bem, viagens de ônibus não tendem a ser muito variadas em termos de acontecimentos.

Lá pelas quatro e pouco a gente chegou. O que foi um adianto de mais de uma hora em relação à hora prevista de chegada. Quer dizer, chegamos cedo.

:: Cinco da tarde
Depois de sermos recepcionados por uma boa turma da wonkalista (não vou citar nomes, porque não vou lembrar de todos), demos um jeito de ligar para os meus pais irem até a rodoviária nos buscar. Quando eu os vi, pai, mãe e mano, lá na rodoviária, a minha ordem de pensamentos foi mais ou menos essa:
1º - "Caralho, olha o tamanho do meu irmão! Tá maior que a mãe!"
2º - "American Idiot! Meu irmão tá usando um moleton do Green Day! E um All-Star!! Que orgulho!"
3º - "HUHUAHUAHUAHU!! Tá com tanta espinha quanto eu costumava ter! Finalmente tá pagando por todas as vezes que ele tirou sarro de mim!"
4º - "O meu pai continua usando as calças de abrigo acima do umbigo? E por cima da camiseta, ainda? E em lugares públicos??!"
5º - "A mãe não mudou nada."

Eu estava cheio de esperança que ia conseguir dirigir o carro até a minha ex-casa, mas vi que o meu pai continua o mesmo. Quer dizer, vi que ele confia tanto em mim quanto sempre confiou: quase nada. Tudo bem, o pior do dia (e do feriadão todo) ainda estava por vir. E não ia demorar nem duas horas.

:: Quase sete da noite
Chego em casa, mesa pronta pro café. Cheia de bolos, torta de bolacha, presunto, queijo, pão, Nescau, tudo. A gente comeu e depois começou a conversar. E lá veio o papo chato que eu sabia que ia rolar. Cobranças, cobranças.
Eu sabia que ia rolar, mas não sabia que ia ser tão foda. Meu pai chutou o balde. Big time. Não vou entrar em detalhes, só vou dizer que fiquei bem aborrecido. E louco pra sair.

:: Oito horas
Tinha convidado meus amigos pra irem lá em casa matar a saudade. Apareceu meia dúzia de gato pingado, mas pelo menos foram alguns dos mais importantes gatos pingados. Faltou dois ou três elementos(as) que eu queria muito ter reencontrado depois desses meses, mas... nem tudo é como a gente quer que seja, como eu tinha acabado de sentir na pele.
Como eu tava com vontade de tomar um ar fora de casa, e como lá dentro estava um tédio e um silêncio chato pra caramba de quem veio pra uma festa e só encontrou uma casa morta, fomos comer alguma coisa numa pastelaria que tem lá perto de casa. E assim passou o tempo.

:: Onze e pouco
Voltamos pra casa e fomos dormir.