A Nível de Myself

quarta-feira, junho 1

Relatos do Feriadão - Parte II

Gente, a coisa tá feia. Tô com a corda no pescoço pra ser enforcado e o tiozinho tá tirando o banquinho fora. Tô precisando de emprego urgente. Mas como não era disso que eu tava falando ontem... Esqueçam. De repente eu ainda arranjo algum antes mesmo de terminar esse diário de bordo da viagem pro sul, né? Haja esperança... =)

:: Quinta feira, dia 26 de maio de 2005

:: Meia-noite e um
O dia mudou do 25 pro 26 e a gente ainda não tinha dormido. A Érika dava umas cochiladas, mas eu tratava de acordá-la com um beijinho ou um carinho. Uma, que eu sou carinhoso mesmo, e outra, que eu não tenho sono antes das duas da manhã. Seja como for, a gente passou o tempo lendo, conversando e ouvindo música. Eu tava lendo aquele livro que eu comprei na livraria da rodoviária, conforme expliquei no post de ontem, "O Restaurante no Fim do Universo". Trata-se da sequência de um outro livro, chamado "O Guia do Mochileiro das Galáxias" (a Érika tava lendo esse), que são as partes 1 e 2 de uma "trilogia de cinco partes", como o próprio autor chama a série. E, como vocês bem devem saber, o filme d'O Guia estréia depois de amanhã, dia 03 de Junho, em todo o Brasil. Se você gosta de humor e de ficção científica, esse livro e esse filme são para você. Continuando com a viagem.

:: Dez da manhã
Depois de dormir o mais pesado possível para quem está num trepidante ônibus de viagem, lá pelas dez da manhã a gente acordou em definitivo. Depois disso, o resto da viagem seguiu tranquila. Paramos umas quantas vezes para comer, mas isso era a única coisa "diferente" que acontecia. Tudo bem, viagens de ônibus não tendem a ser muito variadas em termos de acontecimentos.

Lá pelas quatro e pouco a gente chegou. O que foi um adianto de mais de uma hora em relação à hora prevista de chegada. Quer dizer, chegamos cedo.

:: Cinco da tarde
Depois de sermos recepcionados por uma boa turma da wonkalista (não vou citar nomes, porque não vou lembrar de todos), demos um jeito de ligar para os meus pais irem até a rodoviária nos buscar. Quando eu os vi, pai, mãe e mano, lá na rodoviária, a minha ordem de pensamentos foi mais ou menos essa:
1º - "Caralho, olha o tamanho do meu irmão! Tá maior que a mãe!"
2º - "American Idiot! Meu irmão tá usando um moleton do Green Day! E um All-Star!! Que orgulho!"
3º - "HUHUAHUAHUAHU!! Tá com tanta espinha quanto eu costumava ter! Finalmente tá pagando por todas as vezes que ele tirou sarro de mim!"
4º - "O meu pai continua usando as calças de abrigo acima do umbigo? E por cima da camiseta, ainda? E em lugares públicos??!"
5º - "A mãe não mudou nada."

Eu estava cheio de esperança que ia conseguir dirigir o carro até a minha ex-casa, mas vi que o meu pai continua o mesmo. Quer dizer, vi que ele confia tanto em mim quanto sempre confiou: quase nada. Tudo bem, o pior do dia (e do feriadão todo) ainda estava por vir. E não ia demorar nem duas horas.

:: Quase sete da noite
Chego em casa, mesa pronta pro café. Cheia de bolos, torta de bolacha, presunto, queijo, pão, Nescau, tudo. A gente comeu e depois começou a conversar. E lá veio o papo chato que eu sabia que ia rolar. Cobranças, cobranças.
Eu sabia que ia rolar, mas não sabia que ia ser tão foda. Meu pai chutou o balde. Big time. Não vou entrar em detalhes, só vou dizer que fiquei bem aborrecido. E louco pra sair.

:: Oito horas
Tinha convidado meus amigos pra irem lá em casa matar a saudade. Apareceu meia dúzia de gato pingado, mas pelo menos foram alguns dos mais importantes gatos pingados. Faltou dois ou três elementos(as) que eu queria muito ter reencontrado depois desses meses, mas... nem tudo é como a gente quer que seja, como eu tinha acabado de sentir na pele.
Como eu tava com vontade de tomar um ar fora de casa, e como lá dentro estava um tédio e um silêncio chato pra caramba de quem veio pra uma festa e só encontrou uma casa morta, fomos comer alguma coisa numa pastelaria que tem lá perto de casa. E assim passou o tempo.

:: Onze e pouco
Voltamos pra casa e fomos dormir.