A Nível de Myself

quinta-feira, abril 28

Faz-de-Conta

Uma demozinha acústica hoje, um bootleg mal gravado de um show lá não-sei-aonde daqui a um tempo, depois de mais um tempo uma noticiazinha... essa tem sido a vida dos fãs de Weezer desde 2002. E entre todos esses espaços de tempo, uma angústia muito grande: "Cadê o CD novo??"

Mas a espera acabou. Quer dizer, está pra acabar. Dia 10 de Maio é o dia do lançamento oficial do esperadíssimo Make Believe ("Faz-de-conta", em português), quinto álbum de uma banda que, depois do controverso Maladroit (2002), se não acertar a mão dessa vez, pode ser desacreditada pelos fãs.

Antes, um breve histórico para justificar essa minha última frase.

10/05/1994 - É lançado um disco de capa azul com quatro NERDS (em maiúsculas mesmo!) na capa. A crítica e os fãs vão ao delírio. Clássico instantâneo. Buddy Holly e Undone - Sweater Song viram hits e trazem cada vez mais fãs. Esse é o Weezer (The Blue Album).

24/09/1996 - Dois anos depois, a banda volta às prateleiras com Pinkerton, álbum que pode até não ter emplacado nenhum hit tão significante quanto os do disco anterior, mas conseguiu o feito de ser - até hoje - o disco preferido de 9 entre 10 fãs da banda. Inclusive eu. Emotivo e extremamente pessoal, é uma obra-prima e grande clássico do rock alternativo.

15/05/2001 - Depois de ficarem longe do mainstream sabe-se lá por quais motivos, eles volta m com um "albinho" chamado, de novo, de Weezer. Mas que, por causa da capa verde, ficou conhecido como Green Album. Cheio de músicas "normais", foi considerado fraco pelos fãs, que obviamente esperavam outro Pinkerton da vida. Mesmo não sendo grande coisa, rendeu no mínimo dois hits: Hash Pipe e Island in The Sun.

14/05/2002 - Querendo se redimir com o público, a banda lança o famigerado Maladroit. Dizem as más línguas que o vocalista, letrista, cérebro, líder e mais chato da banda, Rivers Cuomo, teria feito uma extensa pesquisa, analisando todos os aspectos das composições de grandes hits do rock, para a composição desse álbum. Ele queria fabricar um CD sob medida, só com músicas "redondinhas". Acho que depois desse fiasco o moço aprendeu que música não se faz com base em números e estatísticas.

Agora para algo completamente diferente.


:: 10/05/2005 - MAKE BELIEVE

Vamos ao que interessa, então! O faixa-a-faixa do disquinho novo dos caras. *Apertando o play*

01 - Beverly Hills
Em uma palavra? Estranha. Não, não, diferente. Melhor ainda! Ah, mais ou menos isso. Música Pop, feliz, com uma letra tão nerd quanto a capa do primeiro disco. Foi eleita como o primeiro single do álbum, apesar de ser completamente destoante do álbum. Na minha opinião, tem o pior solo da história da banda. Mas a música como um todo é legalzinha. Depois que passar a estranheza você vai até gostar.
Trecho: "Where I come from isn't all that great/ My automobile is a piece of crap/ My fashion sense is a little whack/ And my friends are just as screwy as me/ Beverly Hills/ That's where I want to be"

02 - Perfect Situation
Ah... ISSO SIM é Weezer! Fãs tradicionais, podem ir à loucura, porque essa faixa é puro Pinkerton! Guitarra com o timbre que a gente tanto gosta, baixo segurando legal, peso total no refrão, solo perfeito, vocal cheio de entrega, até um piano e palminhas discretas ao fundo! Não, o Weezer não está perdido! \o/
Trecho: "Tell me there's some hope for me/ I don't want to be lonely/ For the rest of my days on the earth"

03 - This is Such a Pity
Cara, isso é anos oitenta até os ossos! Tecladinho, bateria constante... Você ainda vai ouvir isso na sua balada indie preferida! Ah, se vai! Impossível ouvir sem dançar. Com refrão bem peace and love e letra falando de - adivinhem! - um amor que não deu lá muito certo. Mas espere! Não é só isso! Ainda vem com um solo de guitarras contrapostas que é de chorar.
Trecho: "This is such a pity/ We should give our love to each other/ Not this hate that destroys us"

04 - Hold Me
Essa música já tinha saído por aí em uma versão acústica pra lá de bonitinha. Mas, cá pra nós, a gente quer é peso e distorção! Parece que o Weezer sabe disso, então foi isso que o Weezer nos deu. Uma música sensível, bonitinha, com letra fofa, backing vocals e tudo mais, mas sem esquecer das guitarrias no refrão. Outra que poderia estar no Pinkerton, com um pouco de esforço. Ah, o Rivers canta que é um diabo nessa faixa. O álbum todo está com os vocais super inspirados, mas essa é excepcionalmente bem interpretada.
Trecho: "Hold me/ Take me with you/ Cause I'm lonely/ I am cold/ Hold me"

05 - Peace
Pedindo por paz interior, o nosso amigo Rivers nos presenteia com mais essa belíssima canção. Vou ficar muito repetitivo se eu disser que os vocais estão do caralho nessa aqui também? O único porém é que ela parece uma continuação da última. Quase nem nota-se a transição de uma para a outra, de tão parecidas. Claro que isso não significa que ela seja ruim, mas eles bem que poderiam ter mudado a faixa de lugar.
Trecho: "All these problems/ On my mind/ Make it hard/ For me to think/ There is no way/ I can't stop/ My poor brain/ Is gonna pop/ And I don't have a purpose/ Scattered on the surface/ I need to find some peace"

06 - We Are All On Drugs
Parente muito próxima de Hash Pipe e Dope Nose (apesar de ser um tanto mais fraca), We Are All On Drugs tem cara e jeito de ser o próximo single; potencial ela tem. Com seu refrão com "Yeah!" e "Woo!!", essa seria uma ótima música para se ouvir numa viagem de carro, eu acho. Ainda vai ter muita gente batendo cabeça ao som dessa faixa 06.
Trecho: "When you're out with your friends/ In your new Mercedes Benz/ And you're on drugs/ And you show up late for school/ Cause you think you're really cool/ When you're on drugs"

07 - The Damage in Your Heart
Opa, tem um violino aqui ou é impressão minha? Se não é um violino é uma guitarrinha com um efeito de violino bem legal. E violino sempre é bem vindo em rock alternativo, assim como piano. Deixando isso de lado, temos uma música linda, boa pra pegar no sono, mesmo sem ser uma música que dê sono. Suave e pesada na medida certa (como quase todo o álbum, por sinal), conta com ums harmônicos de guitarra, no refrão, que eu classificaria como uma das coisas mais criativas e bem executadas que o quarteto já fez.
Trecho: "One more tear/ Falling down your face/ Doesn't mean that much/ To the world/ One more loss/ In a losing life/ Doesn't hurt so bad/ Anymore"

08 - Pardon Me
Desculpa aí, gente, mas eu tenho que dizer duas coisas: a) essa música tem uma das letras mais legais do CD e b) esse trocadilho com a palavra "desculpa" foi horrível. Mais uma música com uma bateria linear e meio sem surpresas, mas sem deixar nunca de ser satisfatória. Essa também poderia estar na galeria de músicas que poderiam estar no Blue Album ou no Pinkerton. Notem bem o solo: é praticamente idêntico ao de Can't Stop Loving You, do Van Halen. Ficou engraçado.
Trecho: "Sometimes I let you go/ Sometimes I hurt you so/ I know that I can be/ the meanest person in the world/ So I apologize to you/ And to anyone else that I hurt too/ I may not be a perfect soul/ But I can learn self-control"

09 - My Best Friend
Feliz! Música alegre com um tema alegre. Quantas vezes você já quis declarar toda a sua amizade para aquela pessoa que sempre te ouve e te empresta o ombro quando você precisa chorar, mas não conseguiu por achar ser muito piegas e sentimentalóide? Seus problemas acabaram! É só mandar essa música e pronto. Mas prepare-se para emprestar o seu ombro. Porque a pessoa VAI chorar no refrão que é lindo, lindo, lindo. Provavelmente essa é, ao lado da Perfect Situation, a minha preferida do CD.
Trecho: "You're my best friend/ And I love you/ And I love you/ Yes I do"

10 - The Other Way
Mais um hino dos tímidos. Nessa música, Cuomo canta como ele sempre vira e olha "pro outro lado" quando tem que falar com alguém, com medo de rejeição, dor, essas coisas de nerd. Parece que ele tem bastante empatia com os sentimentos do público. (^_^) Seja como for, é outra música das boas. E essa também tem palmas e backing vocals fofos! Acima da média.
Trecho: "I have always been/ A little shy/ So I'll turn and look/ The other way"

11 - Freak Me Out
Com o perdão de mais um trocadilho, essa música me assustou. (Que horrível!) A verdade é que essa música é mesmo diferente das outras. Mas não como Beverly Hills, que é diferente no sentido de pior. Essa é diferente no sentido de "nossa! Como eles fizeram uma música desse jeito?". A letra fala basicamente de um susto que o Rivers tomou na rua, se eu entendi direito. Apesar da letra, a música não é divertida. Mas poderia dar um clipe bem engraçado. Tem um mini solinho de gaita de boca que ficou muito legal. Dá uma saudade de In The Garage (do primeiro álbum), apesar de também não ter nada a ver com ela. Bem legal.
Trecho: "You came out of nowhere/ Man, you really freak me out/ I'm so afraid of you/ And when I lose my cool/ I don't know what to do"

12 - Haunt You Every Day
Fecha o CD com chave de ouro. Com sete chaves de ouro. A linha de piano por trás dos versos dá o clima de tensão perfeito para preparar a entrada do refrão, com as tradicionais linhas de guitarra que ficam bastante tempo no mesmo acorde. Cara, eu tô aqui enrolando, porque na real não dá pra saber o que falar dessa música. Obra-prima total. Foda. Inexplicável.
Trecho: "When will stupid learn?/ Fire's gonna burn/ Think of consequence/ Then you move when it's your turn"


:: FECHANDO A CAIXINHA

Essa é a sexta vez que eu ouço esse CD. A conclusão a que eu chego é a de que cada vez que você ouve essas músicas, todas bonitinhas, na ordem, a todo volume, com fones de ouvido e tudo mais, elas só vão ficando cada vez melhores e melhores. Ainda ontem eu achava que ele só conseguia ser melhor que o Maladroit. Mas hoje... já estou abrindo um espacinho ali na prateleira, entre o Blue e o Pinkerton.

quarta-feira, abril 27

Finjindo ser o que ainda não sou

Vejamos... Mesa bagunçada, confere. Barulho, muito barulho, confere. Um teclado que parece que já se encaixa nos dedos, confere. Nada pra fazer, mesmo sabendo que tem um monte de coisas que eu já queria ter feito e estão só esperando para serem começadas, confere. Sono, xícara, café preto bem forte, confere, confere, confere.

É, acho que estou bem próximo da realidade de ser um jornalista. Pelo menos igual ao Spit.

Basta que eu pense ou veja alguém bebendo café e escrevendo no computador para que eu lembre dele. E me vem aquela sensação contrária à do café descendo. É um calor que começa e termina no estômago. Só que parece que atravessa o corpo inteiro. Pense em uma coisa que você quer muito e não consegue entender direito porquê diabos ainda não tem. Você merece, você sabe que ainda vai conseguir, mas você simplesmente ainda não a tem. E não há praticamente nada a ser feito. Se você pensar isso, você sabe como eu me sinto em relação a ser um jornalista.

"Isso não é vida que se mereça", é o que todos dizem. Mas eles não sabem como eu estou ansioso pra entregar aquele texto "pra ontem", pra ficar com gastrite de tanto tomar café preto em jejum, pra ficar cada dia mais gordo por causa do disk-pizza que é a minha janta de cada noite, pra não conseguir ficar acordado às 3 da manhã no meu plantão noturno. Coisas banais pra um jornalista.

Tá certo que nem todos os jornalistas fazem todas essas coisas. Mas mais da metade delas, com certeza. E eu aqui, dando o melhor de mim pra pelo menos finjir que sou um deles. Vai saber porquê... Nem eu sei. Só sei que sou assim.

Ficou bom o texto ou quer eu dê uma enxugada, Senhor Editor?

segunda-feira, abril 25

Oito Pequenos Posts em Um Só

Olá!

Olha, pessoal, eu estou planejando escrever uma matéria sobre pessoas que jogam os videogames velhos até hoje e se divertem muito com eles. Então, se tu gosta de reunir os amigos pra jogar Mario Kart, Street Fighter, Top Gear, ou qualquer outro jogo que seja (até Atari tá valendo!), manda um email pra mim, um scrap (ah, não, agora é "recado"), me chama no MSN ou mesmo comenta aqui. Só o que importa é ter paixão pelos jogos antigos e concordar que "cartucho velho é que faz jogatina boa".

Ah, claro. Se tu não é uma dessas pessoas, mas conhece uma dessas pessoas, faça-a falar comigo, por favor! :)

* * *

E já que o assunto é esse, deixem eu me gabar um pouquinho com a minha nova descoberta: o PC da Érika consegue rodar emulador de Nintendo 64! Yahoo! Agora eu posso finalmente terminar o Legend of Zelda: Majora's Mask e o Conker's Bad Fur Day!

* * *

O que estão achando das atualizações diárias? Eu tô achando que vocês não estão conseguindo acompanhar, hein? Tão muito moles vocês! Hahaha!

* * *

Kill Bill Vol.2

Muito tempo depois de assistir o volume um, ontem foi o dia de ver o dois. Muito legal mesmo! Tem menos lutas, é verdade, mas é um puta filme pra ficar na história. Na minha história, pelo menos. Além do mais, as lutas do volume um foram bem legais, mas eu também não dispenso uns diálogos intermináveis que fazem a história ficar mais interessante.

Cinco estrelas.

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Alguém aí já jogou Spellfire? É legal! :P

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O livro que eu tô escrevendo vai bem, obrigado. Só não sei quando continua.
Mas continua, disso eu sei! ^^

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Tem LOST hoje à noite. Não percam. Às 21h no AXN.
Não é propaganda não. É que a série é foda mesmo!

* * *

E, Érika... tu já sabe que eu te amo, né?

quarta-feira, abril 20

Capítulo Um

Tô escrevendo um livro. Acreditem, eu estou tão supreso quanto vocês. E digo mais: eu nem quero que ele fique grande coisa. Se eu conseguir terminar já está de bom tamanho. Esse é o meu objetivo: terminar. Pela orimeira vez. Aí depois, no segundo, eu tento fazer ficar legal de verdade. Uma coisa de cada vez, como dizem.

Digam o que acharam!

Capítulo 1 - Alguém Morreu

Estávamos lá, o Thiago e eu, tranqüilos, conversando "nerdices" numa boa, quando aconteceu.

- Guenta aí, velho. Vou atender o celular.
"Beleza", respondi, e lá foi ele, até o canto da Lanchera, atender. Ele sempre atende o celular lá, no canto da Lanchera. Isso eu nunca entendi por quê. Ele podia muito bem atender na minha frente, né? Sei lá. Vai que ele tá escondendo alguma coisa de alguém... ou de todo mundo. Ou de si mesmo! Bom, que se dane. Isso não vem ao caso.
Ah, eu esqueci de explicar: "Lanchera" é o apelido carinhoso pelo qual a galera chama o Jorge Lanches, a cantina do colégio. Mas enfim, isso também não vem ao caso. Na verdade, vem menos ao caso do que o lance do Thiago ir atender ao celular lá no cantinho.

O que vem ao caso é a cara de pavor com a qual ele voltou.

- C-c-cara. Eu preciso ir, meu... O, a... O... O meu... Ah, deu merda, meu! Muita merda! Falou, fui nessa!
- Peraí, cara! Explica direito essa his... - nem perdi meu tempo terminando a frase. Ele já tava longe.
Mas eu fui atrás. O cara tava muito mal, parecia que tinha morrido alguém. Na verdade eu tinha praticamente certeza que alguém tinha morrido mesmo. E alguém muito importante. Você não viu a cara dele. Você só está vendo letras. Mas eu vi. Infelizmente.

Corri o mais depressa que consegui. Não ia conseguir alcançá-lo, porque ele também estava correndo como se fosse tirar o pai da forca. (Depois de pensar isso eu não pude conter uma risadinha pelo trocadilho infame de humor negro. Eu não sou malvado, mas não pude evitar a piada.) Seja como for, eu só desejava duas coisas. Que o meu trocadilho não viesse a se tornar real (eu ia me sentir péssimo, você sabe) e que ele não tivesse lembrado de pegar o atalho.

O atalho é um caminho alternativo que a gente fazia há anos atrás, quando ainda morávamos na mesma rua. A evolução das técnicas de construção civil, a gentrificação, a urbanização e todos esse processos que só servem pra dar dinheiro pra quem não merece e pra fazer do mundo um lugar pior para se viver, ao longo dos anos, foram fazendo do atalho um lugar cada vez mais inóspito. Foi ficando apertado e perigoso. Além de bastante fedorento. Alguns meses antes de eu me mudar para o bairro vizinho, a gente descobriu que o atalho tinha virado boca-de-fumo. Aí a gente decidiu não mais passar por lá. E desde então a gente (e mais tarde ele sozinho) faz um caminho diferente. Um pouco mais longo, mas bem mais seguro e tranqüilo. Mas isso já faz anos. A gente nunca mais tinha tocado no assunto, ninguém mais nem lembrava do atalho. Mas eu lembrei, sabe-se lá como, e torci para que ele não o tivesse usado. Porque era o meu único trunfo, minha única carta na manga. Se eu estivesse jogando Mario Kart, seria meu único Red Koopa Shell na última volta. Se eu quisesse alcançá-lo antes que ele chegasse em casa, eu precisaria passar por lá.

Minha sorte é que não eram nem onze da manhã ainda. Os traficantes que andavam por lá ainda não estavam lá, prontos pra “fazer negócio” com os chapados do colégio. Além do mais, do jeito que eu passei correndo por lá, se é que alguém me viu, com certeza pensou que eu estava correndo da polícia. E polícia ninguém quer por lá, então ninguém mexeu comigo. Sorte minha.

Assim que eu saí do atalho (já estava pensando em começar a chamar aquilo de “beco”, ao invés de “atalho”), olhando à esquerda, vi a casa do Thiago à uns duzentos metros naquela mesma rua. E, mais ou menos à mesma distância, mas à direita, um ser correndo que nem um desesperado. “Feito!”, pensei. Dei sorte.

* * *

Agora eu tô postando todo dia, religiosamente, vocês viram? O problema é que o número de comentários cai bastante e... eu não sou de ferro, né, pessoal? Eu gosto de comentários. E gosto que leiam o que eu escrevo. Então, caso você esteja a um certo tempo sem entrar aqui, faça uma forcinha e aprecie meus posts anteriores também. Valeu.

* * *

Eu tô viciado nesses asteriscos pra separar as coisas. Peguei do Pablog. Espero que ele não fique brabo. Vamos tomar por uma homenagem, ok?

terça-feira, abril 19

Promessas e Overclocked Remix

Antes de começar o post de verdade, deixa eu apresentar uma pequena constatação. Vocês já notaram que quando a gente promete uma coisa prá Deus e o mundo, as chances de a gente não conseguir cumprir o que prometeu são consideravelmente grandes? Então. Ontem eu prometi para mim mesmo e para mim mesmo que iria atualizar esse blog todos os dias, a menos que fosse definitivamente impossível. Aqui estou. Um novo dia, um novo post. Vamos ao de hoje.


* * *




Eu tenho certeza que a maioria absoluta das pessoas que fazem aquele contador acessos ali embaixo avançar é amante de boa música. E a maioria dos amantes de boa música tem uma faixa etária de 15 ou 16 anos adiante. E mesmo que hoje tem 15 anos deve ter pego pelo menos o finalzinho da era de ouro dos videogames: os 16-bit.

Quando a gente se divertia com Sonic 2 e Mario World os barulhinhos e musiquinhas não passavam de midis, muitas delas nem muito tecnológicas e tal, mas havia algo estranho. Algo como no rock dos anos 50, 60 e 80, até um pouco dos 80. Uma época em que não havia tecnologias, efeitos, nada que facilitasse. Uma época onde só era bom quem era bom e ponto final. Mas hoje em dia há essa tal de tecnologia, bendita maldição, que veio para fazer com que os bons não sejam mais os bons, mas sim os têm grana para investir nela e ser pseudo-bom.

Mas, whatever, isso tudo foi só para dizer que, na minha opinião, música boa em videogame se fazia mesmo nos 16-bit. Hoje só se ouve falar que tal jogo tem som em Dolby Pro Logic 5.1 e o escambau, sendo que poucos jogos oferecem uma trilha sonora digna de se deixar o volume sequer perto do máximo.

E sabe quem concorda comigo? Os caras do Overclocked Remix, um site que hospeda e disponibiliza para download toda e qualquer remix de todo e qualquer jogo de videogame gravada por todo e qualquer artista ou banda. É ou não é uma idéia genial?

Street Fighter, Donkey Kong, Streets of Rage, Zelda, Metroid, Chrono Trigger e, claro, os clássicos Mario e Sonic. Todos esses jogos têm versões remixadas ou rearranjadas de suas famosas "musiquinhas". E a maioria é bem legal, por incrível que pareça.

Então, tá dado o recado!

(Créditos ao Thiago por me lembrar do site.)

domingo, abril 17

"FODAAAA!!!" (4x)

Ontem eu fui no Sincinato Rock Bar (e aguentei bravamente a "magnífica" discotecagem da casa até à 00:30) basicamente por dois motivos: ver a Ludov e conhecer a tal "banda que às vezes toca Weezer", Os MacCacos. Já tinha ouvido a demo deles, mas foi aquela coisa de ouvir um CD no computador, fazendo mais um milhão de coisas ao mesmo tempo. Ou seja, nem prestei tanta atenção quanto deveria. Achei bom, ponto.

Mas ontem, lá naquele palco pequeno, mas arrumadinho, eu vi a banda que me faria gritar "FODAAAA!!!" quatro vezes. Eles começaram com Are You Gonna Be My Girl?, do Jet, e logo emendaram Seven Nation Army, do White Stripes. Juro por Deus que eu só tive certeza que não estava rolando um playback dos bons quando o baixista (que assume os vocais só na música do White Stripes) esqueceu um verso da letra. Porque estava muito igual. Muito mesmo. Impressionei. Só consegui gritar "FODAAAA!!!"

Depois os caras seguiram misturando covers cada vez mais fiéis com as inspiradíssimas composições próprias, assinadas pelo vocalista e guitarrista-base Reinaldo. Um Brinde Aos Rejeitados ("Esse é o dilema de quem resolve amar / Faz o que não sabe, diz o que não deve / Desafia o mundo pra agradar quem não lhe serve / Um brinde aos rejeitados!") e Extremos ("Às vezes quero ser um Deus / Às vezes apenas eu") merecem destaque pelas letras, assim como O Dom merece pelo instrumental, onde uma ouvida mais atenta permite distinguir umas boas influências de Blur. Mas o meu destaque especial vai para Viva ("À satisfação ao falar em desgraças / Aos livros enquanto alimento de traças / Ao que se julga capaz de julgar / Ao meu pouco caso em particular / Viva!"), que eu considero a "Perfeição" (Legião Urbana) do século 21.

No meio do barulho, eu gritei "FODAAAA!" pela segunda vez.

A cada troca de música ouvia-se os gritos da platéia que, acostumada aos shows da banda no Sincinato, pedia "Weezer! Toca Weezer!" e fazia o sinalzinho de =w= com as mãos. Lá pelas tantas, Reinaldo anuncia no seu microfone, no meio do palco: "Faça-se então a sua vontade!" e os primeiros acordes de Say It Ain't So foram ouvidos. Pra mim não precisava de mais nada. O show podia parar por aí. Finda a música, adivinhem: "FODAAAA!!!"

Depois disso foi um desfile com mais músicas próprias repletas de personalidade e covers brilhantemente executadas, uma melhor que a outra. Foi uma pena o show ter acabado. Ficou nos ouvidos o gostinho de quero mais que me fez prometer a mim mesmo que nunca mais perderia um show deles a não ser por um motivo muito forte.

Mas eu não deixei a distorção das guitarras parar de soar antes de gritar de novo, dessa vez mais forte ainda: "FODAAAA!!!"

* * *
Agora eu pretendo continuar erguendo a bandeira dos MacCacos por aí, trazendo mais e mais fãs e apresentando pra todo mundo que eu conheço. Quando eu gosto é assim, eu espalho.

Ainda mais quando o baixista deles é um ser tão simpático que conversou um pouco com a gente depois do show e o vocalista é um louco que largou tudo o mais pra viver só de música, declarando todo o seu amor pela banda. (Eu tenho muita afinidade com malucos desse tipo, vocês sabem.)

Vale citar também a banda paralela deles, a ZoomBeatles. A formação é a mesma e, como o próprio nome deixa claro, trata-se de uma cover dos Beatles. E eles já tocaram até mesmo no lendário Cavern Club, na Inglaterra, como prêmio por ter vencido um concurso de bandas cover dos quatro garotos de franjinhas e terninhos.

Tudo isso e muito mais pode ser encontrado em www.maccacos.com.br. E se você gostar do layout e dos desenhos do site, é mais um ponto pro Reinaldo (vocal): foi ele que desenhou tudo. O desgraçado é um multi-artista e multi-talentoso!

Enfim... Valeu, MacCacos, pelo baita show!

(Ah, é mesmo, a Ludov tocou depois. Mas eu mal me lembro...)